Pisando nos
cascalhos dessa velha estrada, o barulho me agrada, o dia já está a se por, um
dia longo e cheio, mas para acalmar a minha a noite vem de maneira implacável,
a noite que vai me acolher e me proteger do calor escaldante de uma vida cheia
de passagens.
Lembro quando a
estrada era bem cimentada e confortável de se caminhar, os sorrisos e momentos
de felicidades vinham como pequenos doces com sabor de quero mais, e que queria
mais, nostalgia, os melhores passos foram traçados aqui.
Conforme a
minha mente expande os horizontes criam novas possibilidades, das quais deixei
muitas passarem pela ingenuidade, o mal me cerca de longe, me observa, ele me
quer mas eu ainda tenho paços curtos demais, algo maior, algo melhor.
As cores vão se tornando cada vez mais iguais, sinto como
se tudo fosse uma versão esdrúxula de um filme que se remete dos anos 40 ou
talvez um pouco antes de tudo criar alguma forma definitiva.
A dor no peito
começa a crescer conforma a estrada perde seus rastros de conforto, e aqui
estou eu pisado em grandes pedras, pedras de dúvidas, dor interminável.
A solidão me
oprime então divido meu corpo em dois, luz e sombra, um predestinado para
trilhar cada caminho, duas chances talvez, o mal logo segue pelo caminho da
luz, ele me quer por inteiro, metades são patéticas.
Andando agora
lado a lado, eu já não sei dizer o que é bom ou o que é mal, uma fusão que me
assusta, que fazem meus desejos oprimidos virem à tona, junto a eles todos os
meus erros sobrevoam minha cabeça como gralhas barulhentas que vez ou outra
bicam a minha cabeça, só para não me deixar dormir mais uma noite, não a
arrependimentos, remorso de ter começado algo sem começo, de ter terminado sem
ter um fim.
Os cascalhos
fazem os meus pés sangrarem, mas essa dor não importa, eu sinto que o meu peito
vai rasgar e a minha cabeça explodir a qualquer momento, e quando isso
acontecer o mal vai ter dominado completamente o meu corpo?
Não sei ao
certo dizer o que possa acontecer, mas a voz me diz uma única frase:
- Eu voltei!!
Eu não sei para
onde ela vai me levar, é mais forte do que eu, mas sei que um ano é muito tempo
para sua paciência, pouco importa, já não sei dizer mais a onde a minha mente
esta, sempre vagando longe de tudo.
Mas de uma
coisa tenho certeza, quando o sol nascer a estrada vai estar deserta...
Escrito por: Leonardo Paulino
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