domingo, 11 de setembro de 2016

A misteriosa ordem das sombras - Parte 4



A quanto tempo pessoal, finalmente venho trazer para vocês a quarta parte dessa historia.
Espero que entendam o atraso, a faculdade e o trabalho estão acabando com a minha vida haha.
Más está ai pessoal, espero que gostem e assim que possível vou postando mesmo que sejam partes menores,
Boa leitura a todos e até a próxima.


Não leu as outras partes ainda? 
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“Tudo sob controle”





Capitulo 9

O cair da noite

    Saindo do escritório de Valentin, Gregory e Lilian vislumbram o que seria uma neblina densa feita de um ar gelado que percorre por seus corpos e os fazem tremer, a densidade é inquietante, a visão quase nula, abraçados eles tentam achar a porta para fora daquele inferno gelado:
    - Não podemos deixar eles sozinhos com aquilo – A mulher de cabelos loiros mostra preocupação.
    - Eu entendo a sua preocupação, mas eles estão atrás de você por algum motivo, temos de te manter o mais longe possível – Justifica Gregory enquanto tenta guiar a moça para saída.
    O ar parece cortar como pequenas navalhas, essas que insistem e flagelar o corpo do casal, depois de alguns paços em falso eles finalmente acham a saída, incrivelmente ao cruzarem a porta o clima muda bruscamente, a cortina de gelo ficou para trás, correndo em direção ao elevador desesperado Gregory aperta o botão diversas vezes, estava preocupado, e se tivessem mais deles no prédio atrás de Lilian, com certeza não tardariam a chegar, a luz no topo do elevador acende, puxando a garota para um lugar onde eles não possam ser vistos vagarosamente o rapaz verifica se não há nada de indesejado dentro do elevador, passagem livre, adentrando no compacto feito de metal a esperança é que não aconteça nada de errado até conseguirem chegar no térreo.
    Logo que o elevador abre as portas os dois saem em disparada, antes de passar pelas grandes portas de vidro que levam a saída Lilian para e chama uma das atendentes, sua voz é ofegante:
    - No apartamento de Valentin, tem algo de muito ruim acontecendo lá, eles precisam de ajuda!
    Logo após ela passa de maneira brusca pela porta onde Gregory a aguarda, a atendente parece não entender nada do que a jovem de olhos azuis lhe disse, se isso serviria de alguma ajuda Lilian não teria certeza, mas era o que podia fazer por hora para ajudar os amigos que fizera recentemente.
   Do lado de fora do luxuoso prédio, eles procuram por coisas suspeitas, os rostos das pessoas, de todas elas, parecem esconder algo no olhar, maldade, paranoia da parte deles com certeza, o sol já está quase encerrando sua repetitiva rotina, quanto tempo teriam passado lá dentro, difícil saber:
    - Para onde vamos agora? – Pergunta a Jovem.
    - Eu não faço a mínima ideia, para sua casa ou qualquer outro lugar que costuma ir não iremos com certeza, seja lá o que for isso eles vão estar de esperando.
    - Eu faço ideia disso, e se Adrian e Samantha ... – Ela não termina sua frase.
    - Vai da tudo certo você vai ver, eu vou estar aqui com você até o fim – Gregory tenta incentivar a garota.
    Ambos saem caminhando pela quase vazia avenida, encontrar um lugar na situação deles não seria nada fácil, apesar de Lilian não ter problemas com dinheiro, todas as suas coisas haviam ficado no carro, estava incomunicável:
    - Tive uma ideia, sei de um lugar onde podemos ficar e vão nos acolher assim como me acolheram.
    - Então o que estamos esperando? – Lilian para pôr um momento.
    - Não é perto daqui, e a noite está caindo, se formos nessas condições temo o que possa acontecer.
    - E então vamos fazer o que? ficar a noite nos escondendo não vai ajudar – Lilian respira fundo – Me perdoe estou muito nervosa.
    - Não se preocupe com isso, vamos tentar chegar lá, mas com cuidado.
    A noite toma conta do céu, o casal já está distante do prédio, a preocupação com os dois amigos que ficaram lá martelavam suas cabeças, o que restava era torcer para que tudo tivesse dado certo, porem algo em seus corações os faziam pensar ao contrário, em meio a poucos diálogos e muita apreensão Gregory e Lilian tentam chegar de maneira segura onde o rapaz havia dito, uma pequena fazenda com um casal de senhores amorosos que o acolhera como um filho.
    Em meio a conversa Gregory sente seu corpo paralisar, um suor frio tomar conta de si, um aviso como se algo ruim estivesse por perto:
    - Precisamos nos esconder – Diz ele puxando a garota para um beco próximo.
    - O que está acontecendo? – Questiona a garota enquanto o segue.
    - Eu não sei dizer, mas sinto que alguma coisa muito ruim está se aproximando da gente.
    Ao chegarem em um beco o casal se esconde atrás de uma grande lixeira, por um momento se encaram tentando entender por que diabos estavam fazendo isso, um mal presságio talvez.
    Alguns segundos depois um grupo de pelo menos cinco pessoas andam vagarosamente perto do lugar onde eles estavam – O cheiro dela estava por aqui eu sinto – Comenta um deles olhando ao redor, todos usavam roupas que remetiam ao estilo punk dos anos oitenta, com piercings por todo o corpo e muitos deles com a cabeça totalmente raspada, Lilian fica assustada ao ver que seu amigo estava certo, enquanto ela os observa de longe ele percebe que os olhos daqueles rapazes brilham na noite como se eles tivessem sido tirados de um gato qualquer:
    - Demônios sentem cheiro? – Ela se perguntam.
    - Não temos tempo para descobrir vamos.
    Gregory sai pelo outro lado do beco com a moça enquanto o grupo parece sentir que sua presa mudou de lugar, alguns segundos depois eles estariam próximos a grande lixeira, estavam caçando afinal de contas, frio na espinha, o casal agora procura de toda forma uma maneira de se esconder, mas parece ser algo quase impossível em uma rua extremamente calma e sem movimentação, naquele momento eles sentem falta da pequena Samantha que com certeza saberia do que se tratavam aquelas coisas, sejam demônios ou qualquer coisa do gênero.
    O grupo punk começa a se espalhar, todos sentem que a presa está próxima mas não conseguem encontrá-la, isso acaba frustrando alguns que xingam enquanto procuram.
    O casal tenta usar a escuridão da noite ao seu favor, andando de beco em beco, olhando com cuidado cada cruzamento de avenida, tentando usar seu mal pressentimento para saber quando aquelas criaturas estavam próximas, Lilian não podia fazer nada a não ser confiar cegamente em Gregory.
    Após algumas quadras eles veem o que pode ser a salvação, uma placa luminosa que indica uma casa de festas noturnas, se tivessem sorte poderiam entrar lá e se misturar as outras pessoas, o aviso de entrada grátis fazem as coisas se tornarem perfeitas.
    Enquanto eles caminham para entrar na casa de shows uma voz embriagada os chamam a atenção:
    - Te achei vadia! – Grita um dos punks caminhando na direção de Lilian, seus olhos faíscam.
    Ao chegar perto Gregory o acerta com um soco forte, o rosto magro do outro rapaz se vira bruscamente, ao retomar a consciência ele encara o casal, seus olhos agora parecem estar em chamas e ao abrir sua boca pequenas presas aparecem, Gregory agora o chuta violentamente, isso acaba por chamar a atenção dos outros membros do grupo que começam a correr em direção deles, sem tempo para pensar eles entram com ferocidade na casa de shows.
    O ambiente está bem movimentando, as luzes de diversas cores e a música alta assim como os jovens circulando de um lugar para o outro remetem a uma típica festa noturna, passando em meio à multidão eles procuram algum lugar para se esconder, a sensação ruim estava voltando, com certeza já estavam lá dentro os procurando, Lilian agora toma o controle os levam para um banheiro feminino:
    - Mas porque aqui – Pergunta ele
    - Homens demônios ou não sempre serão homens.
    Ao entrarem eles tem uma surpresa. O banheiro em si está completamente cheio com moças e rapazes que procuraram fazer seus atos ilícitos em um lugar mais reservado, não que isso fosse atrapalhar de certa forma, entrando na última cabine eles se trancam, o barulho talvez atrapalhasse seus sentidos, era o que eles queriam acreditar.
    A porta do banheiro se abre de novo:
    - Eu sei que você está aqui vadia, eu sinto seu cheiro – Grita a mesma voz embriagada que os recepcionaram na entrada.
    O coração de Lilian dispara enquanto Gregory toma a frente e respira fundo para partir pra cima de qualquer coisa que possa abrir aquela porta, um estrondo, o desgraçado estava chutando as portas do banheiro uma a uma, o confronto então de toda forma seria eminente, entrar na festa não teria sido uma boa ideia afinal, a cada porta que o punk chutava Lilian apertava cada vez mais forte suas mãos contra seu vestido, restavam apenas agora mais duas:
    - Estou chegando Vadia me aguarde.
    Ao fundo eles escutam agora o que seria uma discussão, um dos seguranças parece não gostar da bagunça que o punk demoníaco estava fazendo e vai tirar satisfações:
    - Ei idiota cai fora, se não vou ter que te tirar na marra – grita o segurança;
    Todos olham em volta para a inusitada cena, o casal consegue apenas escutar a conversa, alguns segundos depois eles ouvem o que parecia ser um urro seguido de um grito lancinante, confusão, como se as pessoas tivessem com medo de algo, ao olhar para o chão Gregory vê um fino fio de sangue escorrer para perto da porta:
    - Seu idiota o que você fez, o chefe falou para gente não chamar a atenção, vamos ele está chamando!
    - Deu sorte hoje, mas vamos nos encontrar de novo pode ter certeza – a porta bate bruscamente em meio a gargalhadas.
    Logo a festa seria paralisada, um segurança fora atacado com uma mordida no pescoço, e a polícia seria chamada, em breve a festa acabaria:
    - Você acha que eles sejam ... você sabe vampiros? –     Lilian sente seu corpo finalmente relaxar.
    - Pra mim qualquer uma dessas coisas são demônios, só tem títulos diferentes.
    - O que não entendendo é como você conseguiu sentir que eles estavam perto.
    - Isso é mais uma coisa que queria saber, quando eu te vi pela primeira vez senti a mesma coisa, foi quando aqueles caras esquisitos seguiram a gente.
    - Isso é muito estranho, além do mais você disse que eu aparecia em seus sonhos, devemos ter alguma ligação, alguma coisa que envolva tudo o que está acontecendo.
    - Essa é uma das coisas que mais quero entender – Os olhos de Gregory encaram os de Lilian, os dois ficam por algum tempo assim, apenas se olhando como se quisessem adivinhar que filme estaria passando na cabeça um do outro agora.
    - Descanse amanhã teremos um longo dia – Diz Gregory enquanto a abraça.
    Dormindo de uma forma nada confortável no banheiro Lilian sente um vento frio tomar conta de seu corpo, esse que muda bruscamente de temperatura, agora ela está em chamas, algo por dentro queima tão intensamente, um despertar assustado, ao olhar em volta ela não vê nada de anormal, seu companheiro está cansado dormindo de uma forma mais desconfortável que a dela própria, Lilian tenta voltar a dormir, mas o sono simplesmente não vem, se Gregory tivera um pressentimento ruim naquela noite a respeito das criaturas que os seguiram, agora ela estava sentindo que algo havia passado por eles naquele instante e deixado um presente, um presente que ninguém com certeza iria querer receber,






Capitulo 10

Problemas


    Mente adormecida, um som incomodo, algo como gotas, aquela torneira chata que insiste em ficar pingando a madrugada inteira enquanto você tenta dormir, por mais que você a aperte ela insiste em continuar sua melodia tortuosa, até que você perca o controle e acabe por dar um fim em tudo aquilo de maneira nada convencional, era assim que o detetive se sentia ao escutar sons distorcidos que pareciam ser vozes, estava com o corpo imóvel, por mais que tentasse seus músculos se recusavam a responder, se sentia em um daqueles pesadelos no qual quanto mais você tenta correr seu corpo parece andar para trás, alguns minutos se passam e junto com ela a agonia frustrante, abrindo os olhos lentamente Adrian vê o que parece ser uma luz, visão ofuscada, aos poucos os sentido vão voltando junto com seus tímidos movimentos, estava em algum lugar confortável, as costas agora relaxavam, estava em uma cama com toda certeza, o ambiente começa a tomar forma ao seu redor conforme ele recobra a consciência, um rosto aparece no campo de visão, um senhor de cabelos brancos e rosto enrugado sorri:
    - Muito bem Adrian está acordando – diz o velho.
    Passos, um segundo rosto aparece em seu campo de visão:
    - Samantha! – diz o detetive com uma voz pastosa.
    As coisas agora começavam a fazer sentido, Adrian estava em um leito de hospital:
    A jovem o abraça, o detetive não perde tempo e retribuir mesmo que de uma maneira discreta:
    - O que aconteceu? – pergunta ele
    - Depois “daquele” ocorrido pelo que os médicos me falaram, os funcionários do prédio entraram no apartamento e encontraram a gente lá, chamaram por socorro e estamos aqui agora – Explica Samantha ainda agitada.
    - Você precisa se recuperar Adrian, descanse, daqui a alguns minutos eu volto para fazermos alguns exames – Diz o médico saindo pela porta.
    - Lilian e Gregory alguma notícia deles?
    - Infelizmente não – Os olhos verdes da menina mostram tristeza.
    - Tenho de achar eles, minhas coisas onde estão?
    - Bem ali -  Samantha aponta para uma cômoda onde suas roupas estão dobradas e seus pertences logo acima delas.
    Somente nesse momento o detetive se dá conta que está usando um roupão azul típico dos hospitais, em seus braços estão presos alguns eletrodos, possivelmente para marcar seus sinais vitais:
    - Preciso do celular – Enquanto o detetive ainda cansado aponta para a cômoda Samantha corre e pega o aparelho para ele.
    Ligando-o ele logo procura pelo contato de Robert, algumas chamadas depois o policial atente com uma voz de surpresa:
    - Adrian seu filho da mãe, como ficou todo esse tempo sem dar notícias.
    - Todo esse tempo?
    - Sim cara você passou o dia todo sem dar notícias, alguma novidade?
    O detetive se assusta, ao olhar pela janela vê que o dia estava para começar, passara a noite toda naquele hospital:
    - Tenho, mas não são boas, eu consegui encontrar a garota mas aconteceu um imprevisto e ela acabou tendo de fugir.
    - Como assim Adrian? Me explique melhor o que está acontecendo, posso colocar meus homens para te ajudar você sabe disso.
    - No momento melhor deixar isso comigo, escute o que estou te dizendo, esse caso não tem nada de comum, não quero envolver você nisso cara sinto muito.
    - Mas eu sou a polícia porra, como você diz algo assim para mim, sabe que posso até te prender por isso não é cara.
    - Desculpe Robert, mas ainda assim preciso da sua ajuda, consegue me explicar melhor como que o rapaz sem nome chegou a delegacia?
    Nesse momento o policial respira fundo, ele sabia que seu ex parceiro de trabalho não lhe contaria nada, e ele sabia bem o porquê,  com toda certeza aquilo não se tratava de apenas mais um caso comum, havia coisas maiores envolvidas, e por conta disso mesmo ele havia chamado o amigo para ver aquele decadente apartamento, depois de fazer Adrian prometer que caso necessário ele pediria ajuda ao amigo ele explica como Gregory havia chegado a delegacia acompanhado de um velho e logo depois sumira misteriosamente, o detetive pede para que Robert lhe de todas as informações possíveis sobre esse velho, como nome endereço, ele estava com um palpite:
    - Tome cuidado cara, sabe que pode contar comigo para o que precisar – Diz o policial antes de desligar.
    Alguns minutos depois o detetive recebe as informações por mensagem:
    - O que está planejando Adrian? – Pergunta Samantha
    - Eles estão perdidos, Lilian não pode voltar para casa está sendo caçada e Gregory, bem ele não lembra de nada então ele vai procurar refúgio com as únicas pessoas que ele pode confiar, tenho certeza que ele vai estar indo para a casa desse senhor aqui.
    - Ótimo então assim que você se recuperar podemos ir... – Adrian interrompe.
    - Nós não, eu vou sozinho, vou deixar você com Edivigers no escritório e vou atrás deles.
    Nesse momento apesar da garota fazer uma cara nada amigável Adrian estava irredutível, nunca mais ia querer sentir aquela sensação novamente, por pouco não perdera a menina, e se Lilian estava realmente sendo perseguida com certeza haveria mais daqueles demônios a seguindo, já perdera quem amava no passado, não queria repetir o feito:
    - Eu sei me virar sozinha, eu salvei sua vida – Diz ela com os olhos vermelhos.
    Por um momento o detetive não havia pensado nisso, e isso era a completa verdade, quando estava prestes a ter o corpo congelado suas últimas lembranças são de uma Samantha descontrolada gritando enquanto as coisas se jogavam sozinhas violentamente de um lugar para o outro:
    - Você sabe dizer o que foi aqui, digo o que você sentiu – Pergunta ele a garota.
    - Não sei dizer, de repente você estava lá e uma aflição tomou conta de mim, quando vi estava tudo feito, é isso que estou dizendo de alguma forma eu posso matar essas coisas, você precisa de mim!
    - Nem pensar, preciso me trocar, espere lá fora já saio e ai vou deixar você com Edivirges.
    - Mas, o médico disse que você precisa se recuperar – Insiste a garota.
    - Não temos tempo, eu estou bem – O detetive se levanta da cama com dificuldade.
    Samantha sai do quarto batendo a porta com força indicando que não aprovava a decisão do detetive, por sorte suas coisas estavam lá guardadas cuidadosamente nos bolsos do seu sobretudo, a dor no corpo incomodava, mas ele sabia que não havia tempo a perder, enquanto colocava suas roupas ele se perguntava como a menina havia conseguido fazer aquilo, talvez a resposta para ela ter sobrevivido ao incêndio até ele chegar, que a garota tinha algo de especial ele sempre soube, porem naquele momento aquilo se tornara mais evidente do que nunca, remexendo em lembranças vagas do passado alguns episódios lhe vem à mente, algumas vezes enquanto Samantha dormia e tinha sonhos mais agitados ele tinha a impressão de que algumas coisas da casa se moviam involuntariamente, acreditava ele que aquilo só poderia ser um acaso, mas agora tinha certeza que realmente estava enganado.
    Saindo do seu leito a sua pequena menina ainda estava com a cara emburrada, mas ao velo andar com certa dificuldade a raiva se vai dando lugar a um olhar preocupado, correndo pelo corredor o médico tenta impedir que o detetive vá embora:
    - Você está louco. Pode voltar para o seu quarto imediatamente, não há condição nenhuma de o senhor sair daqui agora – O doutor tenta colocá-lo de volta no quarto.
    -  Eu já passei por coisas bem piores e estou aqui não estou, então não tente me impedir se não vamos acabar em uma situação bem chata aqui.
    - Vai por mim doutor, ele é cabeça dura e nem se você amarrar ele vai adiantar – Complementa Samantha.
O médico respira fundo:
    - Se o senhor for querer sair daqui é por conta e risco sua, terá de assinar um termo de responsabilidade.
    - Então me traga logo a porcaria do papel, não posso ficar mais nenhum minuto aqui.
    Logo após passar pela burocracia hospitalar, Adrian e Samantha estavam saindo do hospital, ao olhar em volta o detetive se dá conta que está sem carro agora – Droga! – Provavelmente esse poderia ainda estar estacionado próximo ao luxuoso prédio onde o ocorrido sombrio havia acontecido, ao que tudo indicava não ficava muito perto dali, pelo menos trinta minutos de caminhada seria necessários:
    - Podemos comer algo enquanto vamos para lá, estou morrendo de fome – Diz a menina de olhos verdes.
    - Usar forçar sobrenaturais pelo visto demandam muita energia não? – O detetive dá um breve sorriso, esse compartilhado pelo da garota.
    O que se seguiria agora seria um passeio pelas calçadas movimentadas com uma parada em uma tradicional padaria para um café da manhã acompanhado de mil e uma razões pela qual Samantha deveria continuar seguindo com Adrian em busca do casal perdido.
    Os noticiários agora falavam sobre a morte de David, pelo visto a polícia não havia conseguido guardar o ocorrido por muito tempo, porém com poucos detalhes, seja como for Robert apesar de tudo conseguiu esconder bem toda a parte demoníaca da história, o tempo estava contra eles.
    Em fim de posse de seu velho carro agora eles partem em direção ao escritório do detetive, junto com o percurso as esperanças da jovem menina vão se esvaindo, apesar de tudo o detetive continuou irredutível, estacionando o carro do outro lado da rua que dava de frente com o lugar eles agora saem do carro, Adrian ainda caminha com um pouco de dificuldade, mas a dor já foi algo rotineiro em sua vida, estava acostumado.
    Por alguns instante passa pela cabeça de Samantha sair correndo de volta para o carro ou até mesmo fazer alguma birra, porem como conhecia seu “pai” de certa forma sabia que aquilo de nada adiantaria e que já estava velhinha de mais para dar esses tipos de chiliques, passo a passo eles vão chegando próximo a entrada do prédio, seria a oportunidade perfeita para se reabastecer e colocar as ideias no lugar por um breve período antes de sair em busca do casal, mas Adrian guardava para si uma ideia maluca, essa que fazia com que ele definitivamente não quisesse a menina ao seu lado, somente mais alguns passos... um estrondo terrivelmente alto ecoa por toda o quarteirão, institivamente o detetive usa seu corpo para proteger Samantha, enquanto eles são jogados no chão pela força do impacto, uma explosão, os estilhaços das janelas caem como laminas afiadas prestes a cortar sem misericórdia os desavisados enquanto os alarmes dos carros disparam loucamente e muitos desses tem os vidros estilhaçados pela força do impacto, o prédio está agora em chamas, e especificamente a janela onde ficava o seu escritório está completamente destruída, sim aquilo havia sido um presente deixado para ele não havia dúvidas:
    - Edivirges – Grita Adrian enquanto corre desesperado para dentro do prédio, algumas pessoas o seguram, aquilo de toda forma seria um suicídio.
    - Adrian por favor – A menina chora enquanto tenta por algum gesto dizer que não há mais nada a fazer.
    Os desgraçados lhe deram um sinal claro que sabiam da sua presença, um alerta para que desse o fora, o detetive olha para os lados em busca de encontrar alguém que pudesse ter feito aquilo, tarde demais, seja quem for que colocou aquela bomba em seu escritório o teria feito de madrugada e como as coisas estavam andando pelo visto nunca seria encontrado, correndo a menina abraça Adrian ambos choram, mais uma vez a dor da perca cerca a vida do detetive.









    Algumas minutos depois o lugar já estava cheio de policiais e bombeiros, Robert liga desesperado para o amigo que confirma estar bem, mas triste por perder uma velha amiga, aquela que lhe aturou e lhe acompanhou por muitos anos, a suspeita era de algum vazamento de gás, mas ele tinha plena certeza que não era nada daquilo, nunca em sua vida as coisas foram como pareciam ser, tudo sempre tinha algo maior, a intenção de atingi-lo de alguma forma e estavam fazendo isso da maneira mais perfeita possível.
    Após responder algumas perguntas ele e Samantha são liberados, o detetive odeia admitir o medo que sente de deixar a menina com qualquer outra pessoa que não seja ele, tinha de colocar seu plano maluco em pratica e a garota ia junto com ele:
    - Adrian – Se aproxima ela – Eu estudei por muito tempo sobre eles eu posso ajudar.
    - Acredito que nem tudo que há nos livros será suficiente minha pequena.
    - O que planeja fazer então?
    - Algo que com certeza não queria que você participasse – Samantha parece não entender.
    - Vou voltar para o inferno, e lá vou achar alguém que possa me dar as respostas.
    Adrian estava decidido, iria voltar a cidade maldita, iria falar com um velho conhecido, aquele que poderia lhe dizer como acabar com esses malditos demônios de uma vez por todas.

 Continua....Escrito por Leonardo Paulino 


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